quarta-feira, 25 de novembro de 2009

tenho preguiça das pessoas

o sentimento que tenho por esses caras que andam no metro e no onibus com o celular pendurado no pescoço tocando funk, se resume a apenas uma palavra: ódio!

depender de transporte publico em são paulo é um problema. as longas filas, a superlotação, o preço abusivo pago por um serviço de merda.porém se fossem somente esses os problemas... ah que maravilha seria!

antes eu ouvia meu walkman no coletivo, pra nao ter que ficar ouvindo aquela velha
conversa maldosa dos passageiros ao lado. por mais que voce tente ficar alheio, não tem como não prestar a atenção. a curiosidade é maior do que a vontade de se concentrar em outra coisa.

não estou dizendo que as pessoas não podem mais conversar, longe disso, mas convenhamos, certas coisas, não se fala em publico, muito menos em voz alta como se voce estivesse num boteco qualquer.

é o vizinho que trocou de carro porque ta roubando, o filho da dona maria que ta envolvido com tóxico, a filha do seu zé que ta rodando a banca da vila, enfim. os assuntos são variados, mas invariavelmente possuem um ponto em comum: a vida alheia!

por essas e outras que costumo ir e voltar do trabalho com meus fones de ouvido, uma boa alternativa pra se manter alheio a essas baboseiras, e ao funk que emana dos aparelhos celulares desses babacas.

ocorre que um dia desses esqueci eles em casa. acordei com o pe esquerdo. e pra minha sorte, na lotação a caminho do metrô, além do radio ligado na "tupi fm", um desgraçado ouvindo um tal de "funk do windows", conhecem?! eu não acreditei quando ele falou pro parceiro do lado que tinha conseguido baixar tal musica.

se não conhecem, acho que ao menos ja devem ter ouvido. se nao ouviram que sorte! cara é uma musica ridicula, muito ridicula. por curiosidade fui procurar naquela entidade satanica chamada youtube e descobri que existe uma centena de versões pra essa musica infame.



é rapaziada. preciso mesmo comprar um carro e largar essa vida de transporte publico. me desculpem, mas eu precisava desabafar.

domingo, 15 de novembro de 2009

viva o futebol


o futebol sempre foi um instrumento de socialização entre as pessoas. é bem verdade que nas últimas décadas, a violência tenha cercado as praças esportivas, representada principalmente pelas brigas envolvendo torcidas organizadas. mas não é meu objetivo falar do futebol profissional,e televisionado e milionario. mas sim, do futebol jogado nos campos de varzea nos finais de semana, da pelada jogada nas ruas da periferia, nos campos de grama sintéitca nas quartas a noite, falar do esporte praticado com os amigos, por diversão, por paixão.

cresci ouvindo as historias de meu pai e suas aventuras pelos campos do bairro da mooca em seus tempos de solteiro. do amor em defender a camisa o flamengo da rua ibitirama, da alegria que era ver o nome do seu time estampado na capa do extinto jornal "a gazeta esportiva", que naquela época pasmem, dedicava até tres paginas para o futebol amador.

um amor passado de pai pra filho. e com esse amor ao esporte mais popular do planeta eu dei meus primeiros chutes na pelota, nas partidas de cinco contra cinco na rua da minha casa, nos intervalos e aulas de educação fisica no colégio. assim eu cresci, correndo atras da bola, e mesmo sendo esse "perna de pau" que os mais próximos bem sabem acabei me aventurando também no futebol de varzea.

jardim são pedro, guaianazes, zona leste, são paulo.
gerdy gomes, bi-campeão da copa primavera 93/94, 6° ou 7° colocado no campeonato paulista da categoria, não lembro exatamente - categoria dente de leite [crianças de 12-14 anos].

dias que não saem da minha memória.. os duelos contra aquele time infame da marginal tiête sem número... nossa vitoria contra o guarani de campinas com direito a penalti roubadoe e tudo.
bons tempos... bons tempos...

me lembro com saudades do meu treinador, "sr. antonio" que colocava no banco de reserva o mais habilidoso do time caso o boletim escolar do garoto apreesentasse nota vermelha. e nesse ponto mesmo não sendo la aquelas coisas com a bola no pé, a falta de categoria era compensada com o fato de eu sempre ter sido "nerd" na escola, fato que invariavelmente me garantia uma vaga no time titular...

a velha falta de habilidade que me fez jogar na defesa, na lateral, como beque central.. ali aprendi a bater como poucos, ter uma noção de liderança, conviver em grupo (não que eu saiba), aprendi a ser solidario com os companheiros nos momentos dificeis.

pode parecer brincadeira, mas com o futebol eu aprendi muita coisa... coisas que me acompanham até hoje... com o futebol eu aprendi a ganhar e principalmente a perder. o futebol que ajudou a criança com problemas de desenvolvimento a crescer, ter uma vida saudavel...

por todos esses motivos eu sou grato a bola.
viva!

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Pesos e medidas


Analisando o ocaso da pureza sexual para machões e periguetes

Pra um homem, digo, para um macho, a primeira vez é uma coisa fácil e prazerosa (porque se não for tão macho assim, se é que me entendem, deve ser do maaaau!). Quando a inexperiência é recíproca, rola aquela coisa linda, a mágica perfeita, respeito e carinho, mas como eu sou é macho e curto putaria, o bom mesmo é quando a periguete tem experiência, o herói senta lá e vê a coisa acontecer! Nada como uma boa professora pra te ensinar o bom da vida, porque convenhamos, um mal sexo pode causar transtornos terrííííveis pra uma mente masculina pura e em formação, afinal, uma coisa veiculada pro machão desde pequeno como a melhor experiencia do mundo não pode ser ruim, sem graça... enfim, um bom sexo com direito a xingamentos e porrada pra começar uma vida sexual é a melhor coisa pro nosso herói se adaptar ao novo status de predador!!!

Ta, agora comparemos, quanta responsabilidade existe em ser o primeirão da periguete, quebrar o lacre, romper fronteiras, rasgar o hímen, arrancar o cabaço, enfim, tirar a virgindade da moçoila? Quase nenhuma!!Claro q é um fato importante mas, periguete, a década de 20 acabou! Apesar de eu tentar discordar, não acho argumentos conta fatos, hoje o hímen não tem mais valor, ser virgem chega a ser uma vergonha pras periguetinhas inexperientes! É com penar que sou obrigado a lhes reportar, mas vivemos em uma sociedade sexista, extremamente machista, pornográfica e eu AMO MUITO TUDO ISSO (merchan do Mc donnalds)!

A primeira vez de um homem é um fato esperado, comemorado e entoado em cânticos por bardos dos quatro cantos do mundo, já virgindade da mulher é um grande ponto de interrogação (“?” pra quem não sabe), resta desconfigurada na modernidade, vive em época de transição por culpa das caprichos e carícias da vida, se tornou definitivamente um tabu perdido no consenso da humanidade, lembrado vagamente por vovós e filmes de romance americanos! Claro que eu, pegador, master of puppets, aproveito profundamente as facilidades oferecidas ultimamente, prefiro as mais rodadas mas, falando em virgindade de mulher, apesar de uma periguetinha ter jurado que era cabaça pra mim, mas essa eu acho que não era, ali passava a anaconda, a cascavel, a sucuri e a minha minhoquinha juntas! Voltando, creio eu que foi uma só que tive o prazer de iniciar nesse mundo do amor sem limites (e que mestre heim!).

Claro que até eu não sou tão insensível a ponto de machucar a virginal iniciante logo de cara, tratei muito mais carinho e paixão do que eu uso hoje em dia enganando as periguetes na balada (sempre é verdadeiro o sentimento, mas tem prazo limitado!). Pra mim foi um evento especial de verdade mas, lindas, entendam de uma vez por todas, SER ESPECIAL NÃO É SER ÚNICO! O machão vai te deixar ou você vai acabar enjoando do coitado, mudando pra longe, curtindo outras mulheres, bebendo descontrolada e periguetando nos bares das faculdades por esse mundão, esqueceu da parte “não estamos mais nos anos 20”? É a realidade nua e crua (mas descabaçada!)! E no fim das contas, se você sofreu pode se vingar! Use o sexo para isso, VOCÊ AGORA PODE!
Por hoje é só molecada, no próximo post darei dicas de vingança que aprendi no programa Xiiiiiiis tudo tudo tudo tudo tudooooo!!!

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

cerveja x dignidade

um dos principios consagrados em nossa constituição federal, enquanto lei suprema da
nação diz respeito a algo que todos nós ao menos ja ouvimos falar, qual seja: a dignidade da pessoa humana!

mas o que seria dignidade, numa sociedade de consumo, como a sociedade capitalista, como a que vivemos?

ao longo da historia, temos visto nossos semelhantes travando uma constante luta em nome de questões religiosas, etnicas, sociais, sendo impossivel enumerar nos dedos dessas duas mãos que digitam esse texto, o numero de atrocidades cometidas pelo homem. não é o meu objetivo discutir a natureza do homem, mas apenas traçar um pequeno esboço na tentativa de colocar a dignidade como uma forma de evitar-se a barbarie, possibilitando consequentemente o convivio em sociedade.

feitas essas considerações, refaço a pergunta: existe dignidade em uma sociedade de consumo?

bebendo a velha cerveja no balcao ensebado da padaria do meu bairro, passei a observar os posters com propaganda de cerveja.

[faça-se um parenteses aqui que eu poderia utilizar-me de inumeros exemplos, no entanto quero me prender ao exemplo da cerveja]

aquelas mulheres, lindas, com roupas curtas e sensuais, provocantes e convidativas.



na verdade, essas propagandas nada mais fazem que estabelecer um esteriotipo de beleza onde só "as belas" são bem aceitas na sociedade, ferindo frontalmente a dignidade das mulheres que não se enquadram naqueles padrões. um puta machismo disfarçado, que vai de encontro a todas as conquistas das mulheres na luta por igualdade com os homens.

mas deixa isso pra la, afinal pra que serve a dignidade da pessoa humana mesmo?
"desce uma boa ae"

domingo, 1 de novembro de 2009

beijo me liga

onze e trinta e cinco após o meio dia, deitado na cama sinto uma sensação de ter retornado do mundo dos mortos. nao, nao aconteceu nada demais, é só o telefone tocando.

- alo.

do outro lado da linha escuto aquela velha voz timida e baixa.

- oi, ta bem?

penso comigo, "que inferno, essa voz novamente, nao pode ser!"

- joia, quanto tempo, aconteceu alguma coisa, tudo bem?

duas perguntas em menos de cinco segundos, pra me situar e ganhar tempo pra tentar entender os motivos da ligação.

- tudo bem. desculpa te ligar essa hora, voce deve estar dormindo ja ne?

logo pensei em responder, "sim, estou dormindo e voce deu uma sorte de me ligar bem no meio de umas das minhas crises de sonambulismo". mas isso colocaria por terra todas as minhas expectativas em entender o motivo da ligação..

- não, estava arrumando umas coisas pra amanha. mas aconteceu algo?

insisto na pergunta, afinal pode ser algo serio.

- nao aconteceu nada, so estava com saudades de falar com voce.. mas tudo bem, desculpa incomodar, tenho que desligar, beijo.

tum tum tum tum...

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fim de papo. por um breve periodo de tempo eu me senti importante. mesmo nao sentindo nenhuma falta daqueles dias que nao pareciam mais ter fim. epoca em que os dias da semana se arrastavam entre nossos trabalhos, estudos, torpedos e ligações.. sempre em espera dos tao aguardados finais de semana quando finalmente podiamos nos encontrar.

porem bastou dormir e acordar novamente pra deixar deixar de achar aquilo legal e comecar a tentar entender os reais motivos daquele telefonema.

seria carencia? saudades mesmo?

foda é ser uma pessoa muito introspectiva, incapaz de se expor, baixar a guarda por um momento e ir em busca das respostas certas. mas lucio flavio é assim, daquelas pessoas que nao vao atras, que nao ligam, nao mandam e-mail, nao fazem absolutamente nada.

e se "o neo-liberalismo é pior antes da primeira refeicao do dia", minhas questões existenciais só duram até o cafe da manhã. depois, é hora de sair correndo atrasado pro trabalho (mais uma vez) e focar-se no profissional, com muito empenho e dedicação...

e o telefone? esse nunca mais tocou!
ao menos por enquanto...